quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Mestre Salustiano


Mas não silenciarão a rabeca.

Manoel Salustiano Soares, nascido em Aliança, em 12 de março de 1945. Faleceu no Recife no dia 31 de agosto de 2008 às 07:55hs da manhã no pronto socorro cardiológico de Pernambuco (Procape).

Deixando uma grande contribuição para o fortalecimento da cultura de Pernambuco, Salu, pai de 15 filhos 23 netos, recebeu o titulo de patrimônio vivo e cultural de Pernambuco, criador de seus próprios instrumentos era apaixonado por uma boa rabeca, ligado ao movimento mangue viu nascer grandes nomes desse seguimento cultural: Chico Science e Nação Zumbi, Siba, Silvério Pessoa, dentre outros, que leva ou levarão Pernambuco na bagagem musical; são fãs numero um do mestre da diversidade cultural.

Vencendo a barreira do preconceito artísticos e culturais, que predominava sobre o maracatu que na visão de muitos era uma cultura negra, a qual a igreja católica não aceirava, mais salu cumprindo seu papel de cidadão e mestre do maracatu que logo seria reconhecido, criou o ponto de cultura dos maracatus de Pernambuco em 1997 a casa da rabeca de Pernambuco na cidade tabajara em Olinda, salu queria mostra para o mundo que a Marim dos Caetés não era só a terra do frevo.

Salustiano um homem tímido, olhar arrogante porem carinhoso, nunca chamava seu amigos pelo nome e sim sempre tinha um bom apelido bem simpático.

Nunca concedia entrevista para jornais que quisesse se promover as custa do mestre sempre cobrava pela entrevista que não fosse fortalecer a cultura da rabeca.

Salu sempre se orgulhou de ser pernambucano, quando estava fora do estado sempre valorizava a cultura de sua origem.

Hoje depois de sua morte Pernambuco tem o dever e compromisso de não deixa tudo aquilo que foi construído durante muito tempo ser enterrado junto com o mestre da rabeca, do cavalo marinho, do maracatu piaba de ouro.

Precisamos levar para nosso cotidiano nossa própria cultura sei que temos aprendido muito de outras culturas mais no entanto o que e nosso não temos dado valor.

Salustiano era um homem que mostrou o valor cultural da nossa terra , então não deixaremos a rabeca silencia, por que a responsabilidade de levar esta multicuturalidade não fica só para os familiares do mestre e sim para todos que fazem e constrói um Pernambuco melhor e cultural.

Então viva salu, viva seu arco e sua rabeca.


Uma homenagem de todos que fazem a Escola Argentina Castello Branco.

Texto de: Vanderson Ferreira (aluno do 3º ano A )